O atacante Sávio, natural de Apodi, com passagem pelo Potiguar e com o passe pertencente ao empresário mossoroense Tácio Garcia, foi destaque no UOL Esportes, por ter o Flamengo no seu nome de batismo.
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Raimundo Nonato é como um dos muitos nordestinos quando o assunto é futebol. Gosta de equipes do eixo Rio-São Paulo. No caso dele mais precisamente, é um fanático pelo Flamengo, ao ponto de ter pintado de vermelho e preto as paredes de sua casa na cidade de Apodi (RN) e até ter criado urubus em seu quintal.
A paixão é tamanha que encontrou uma maneira bem inusitada de homenagear seu clube de coração e um de seus maiores ídolos. Batizou um de seus filhos nascido em 1995 com o nome de Sávio Flamengo Almeida Dantas.
Para conseguir isso, porém precisou de uma ordem judicial pois o escrivão do cartório não queria fazer o registro. “Ele não queria aceitar de jeito nenhum colocar Flamengo no nome. Deu várias justificativas e mandou eu falar com um juiz para ver se ele autorizava. Por sorte, o juiz também era flamenguista (risos). Ele me deu a ordem, voltei ao cartório e aí fiz o registro sem nenhum problema”, contou Raimundo ao UOL Esporte.
“Convencer a minha esposa não foi tão difícil, pois ela também é flamenguista e naquela época o Sávio estava demais”, completou.
Raimundo sempre incentivou o filho a se tornar um jogador do futebol como o seu ídolo Sávio. E a insistência deu certo. Hoje, Sávio Flamengo defende o Rio Preto e é o vice-artilheiro da Série A2 do Campeonato Paulista, com três gols marcados após seis rodadas.
Com 21 anos de idade, está apenas em seu terceiro ano como profissional. Iniciou a sua carreira no Potiguar de Mossoró (RN) e antes de chegar ao time de São José do Rio Preto não teve sucesso em um teste sub-20 do Corinthians e defendeu o Mirassol.
Por estar atuando profissionalmente, Sávio Flamengo hoje se diz menos fanático pelo clube rubro-negro, mas lembra de sua infância e adolescência no Rio Grande do Norte quando não perdia um jogo pela televisão e sempre que o time jogava no Estado dava um jeito de ir com o pai.
Arquivo Pessoal
Sávio Flamengo quando era criança
“Hoje eu não visto mais a camisa do clube, nem nada, pois sou um profissional. Mas sigo acompanhando os jogos e torcendo, é claro, tenho um carinho especial. Não é tanto como quando eu era criança. Naquela época eu tinha um monte de camisa, cueca, shorts, boné”, disse.
“Até uns 15 anos eu era alucinado. Fui ver jogos no Machadão contra o ABC, contra o América. Também ia com meu pai quando o Vasco jogava lá, pois ele adorava torcer contra (risos)”, afirmou o jogador.
Como não poderia deixar de ser, o sonho do jovem é um dia ter a oportunidade de defender o Flamengo. Atuar em outro clube do Rio, ele vê como algo quase impossível. Seu nome seria o maior empecilho. “Fico pensando aqui né. Acho que em qualquer outro clube de lá as portas estarão fechadas”, disse Sávio Flamengo, que afirmou estar vivendo o melhor momento de sua curta carreira.
Sávio Flamengo também gostaria de ter a oportunidade de conhecer o ex-jogador que lhe rendeu o nome.
Fonte: Blog do César Santos do Jornal de FATO
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